quarta-feira, 8 de junho de 2011

5 armas letais

Quando o ser humano arremessou a primeira pedra em direção a seu inimigo, criava assim sua primeira arma. Posteriormente, passou a usar lanças com pontas e pedaços de ossos. Quando começou a agir em conjunto com outros homens, notou que a tarefa se tornou bem mais fácil. Durante toda sua história, a humanidade encontrou artifícios para a luta, seja através de uma nova tecnologia letal, seja através de uma estratégia, seja através de um indivíduo que se destacava dos demais. LISTA DOS CINCO descreve diferentes e curiosas armas e pessoas que fizeram diferença durante as mais diversas guerras.


05. Falange Macedônica
A temível Falange Macedônica
As falanges eram formações militares que, basicamente, consistiam em soldados dispostos em filas horizontais, uma atrás da outra, no qual se movimentavam e atacavam simultaneamente. Essa estratégia militar foi descrita pela primeira vez pelos sumérios na metade do terceiro milênio antes de Cristo. Porém, a Falange Macedônica, criada pelo Rei Felipe II, foi a mais famosa. Essa estratégia militar foi amplamente usada pelo seu filho, o famoso Alexandre, O Grande, na conquista do vasto império da Macedônia, que se estendia desde a Península Balcânica até os limites da Índia. Os soldados atacavam ao mesmo tempo; as primeiras fileiras eram compostas por infantes que empunhavam longas lanças chamadas sarissas para frente; as fileiras de trás portavam escudos, de modo a defender a si e aos outros; já as linhas mais traseiras carregavam suas sarissas para o alto, formando um ângulo de 45 graus, defendendo de eventuais ataques por cima – como de cavalaria, por exemplo. As últimas linhas eram formadas por soldados cuja função era abastecer as outras fileiras que tinham integrantes feridos ou mortos. Em ataques frontais, a Falange Macedônica era um verdadeiro “arrastão” e praticamente intransponível. Porém, quando sofria ataques laterais – pasmem, muito incomuns naquela época – eram lentas e facilmente vulneráveis. Foi uma potente arma até que outra escola militar teve a brilhante idéia de também se defender lateralmente – maravilhosa invenção estratégica usada pelas Legiões Romanas.



04. Simo Häyhä
Simo Häyhä: o maior Sniper da História
Verdadeiro herói de guerra finlandês, esse franco-atirador – posição também conhecida como Sniper - foi uma verdadeira máquina de matar. Simo Häyhä é considerado o maior atirador especial da história até hoje. Ele atuou durante a Guerra de Inverno (embate travado entre Rússia e Finlândia entre 1939 e 1940) e era conhecido como “Morte Branca” pelos russos. Sob temperaturas entre -20°C e -40ºC, a ele foi creditada impressionantes 542 mortes, segundo fontes oficiais finlandesas. Já os russos atribuem ele “apenas” 500 abates. Häyhä se camuflava em baixas temperaturas com sua farda branca e costumava enfiar neve na boca para conter o som de sua respiração. Além disso, compactava os montes de neve a sua frente para evitar que o gelo “soprasse” e entregasse sua localização. Além da sua posição de sniper, também abateu 200 soldados usando uma submetralhadora. Atualizando assim os dados, Simo matou cerca de 700 pessoas durante toda a guerra. Porém, em 6 de março de 1940, foi atingindo na mandíbula durante um combate corpo a corpo. Milagrosamente, foi resgatado praticamente desfigurado por soldados aliados. Conseguiu sobreviver – apesar da enorme deformidade no rosto – e morreu apenas em 2002, aos 96 anos. Em 1996, já idoso, foi perguntado a ele se tinha remorso em ter matado tantas pessoas. “Fiz o que me mandaram fazer, da melhor forma possível”, respondeu o finlandês.



03. Lyudmila Pavlichenko
A bela atiradora ucraniana
Não tão eficiente quanto Simo Häyhä – o sniper descrito acima -  essa franco-atiradora russa também tem um currículo “invejável”: durante a Segunda Guerra Mundial, foi creditada a ela o abate de 309 soldados alemães. Sendo assim, é considerada a maior atiradora especial feminina de toda a história. Ela nasceu na Ucrânia e começou a atirar ainda muito nova, aos 14 anos, quando se mudou para Kiev. Começou a fazer faculdade de História e, em 1941, entrou para a guerra como voluntária. Ela tinha a opção de trabalhar de enfermeira durante o conflito, mas preferiu atuar na linha de frente. Conseguia ficar imóvel a espera de suas vítimas por impressionantes 18 horas. Dentre 2.000 snipers femininas que aturam no Exército Vermelho durante a guerra, foi uma das 500 sobreviventes, apesar de ser atingida por um morteiro em 1942. Mesmo sendo soviética, foi enviada para a América do Norte, onde foi recebida nos EUA e no Canadá. Foi o primeiro cidadão soviético a se encontrar com o presidente estadunidense, na época Frankin Roosevelt, que a recebeu na Casa Branca. Pavlichenko morreu em 1976 aos 58 anos. Dois anos após sua morte, um navio cargueiro ucraniano recebeu seu nome.



02. Barão Vermelho
Manfred e seu Fokker D. II ao fundo

Apesar de estar presente nas histórias em quadrinhos, filmes e até na música – um conjunto musical brasileiro leva seu nome – muitas pessoas não sabem quem foi o Barão Vermelho. Nascido como Manfred Albrecht Freiherr von Richthofen, em 1892, é considerado o piloto de combate mais bem sucedido da história, apesar da precária aviação de guerra disponível na época. Quando começou a Primeira Guerra Mundial, Manfred fazia parte da cavalaria alemã. Alegou estar “cansado” desse regimento e pediu transferência para a Força Aérea. E lá, ele se consagrou. Apesar de ter pilotado vários modelos de avião, ficou conhecido pelo seu temível triplano Fokker Dr.I, de cor vermelha. Venceu incríveis 80 batalhas aéreas (sendo apenas 20 vitórias quando voava no famoso avião vermelho), e abateu Lanoe Hawker, considerado o melhor piloto britânico da época. Morreu em combate em 1918, oficialmente abatido pelo piloto australiano Cedric Popkin. Por incrível que pareça, seu corpo foi velado pelos seus inimigos com todas as honras militares e considerado um exemplo a ser seguido.


01. Couraçado Bismarck
Réplica em miniatura do Bismarck
O enorme navio de guerra alemão é considerado até hoje uma das maiores máquinas de guerra da história e, durante a Segunda Guerra Mundial, foi o orgulho da Kriegsmarine (Marinha Alemã). Apesar das convenções de guerra da época permitir navios com apenas 35.000 toneladas, esse couraçado pesava impressionantes 42.000 toneladas. Foi ao mar em 1939, pouco antes do início da Segunda Guerra Mundial. Durante o conflito, era verdadeiramente o terror dos mares, apesar da Marinha Alemã não ser considerada tão potente. Em 1941, afundou o cruzador britânico HMS Hood, orgulho da marinha do Reino Unido. Em represália, foi armado um impressionante cerco envolvendo aviões aliados a embarcações (é considerada a primeira vez que uma força aérea combateu um inimigo no mar). Após sofrer repetidos ataques aéreos - na ocasião, obsoletos aviões torpedeiros “Swordfish” – teve seu leme avariado e começou a rodar em círculos, pois não conseguia manter seu curso em linha reta. A espessura de seu casco possuía impressionantes 30 centímetros, tornando-o quase indestrutível. Porém, após incansáveis ataques de aviões torpedeiro e navios de guerra britânicos, não agüentou e afundou. Dos mais de 2.000 tripulantes a bordo do couraçado alemão, apenas pouco mais de uma centena foram resgatados. Relatos dizem que, mesmo sofrendo forte ataque, o Bismarck foi, na verdade, afundado pela própria tripulação. Eles temiam que a máquina de guerra caísse nas mãos dos aliados e tinham instruções de proceder desta maneira. Bem, cada um escolhe a versão que quer acreditar, não é?

Nenhum comentário:

Postar um comentário