segunda-feira, 18 de abril de 2011

5 ex-jogadores da Seleção Brasileira que se tornaram técnicos

A contratação do ex-craque Paulo Roberto Falcão pelo Internacional de Porto Alegre dominou os noticiários esportivos brasileiros na última semana (abril de 2011). Ex-jogador colorado e do São Paulo, além da Roma (Itália), fez parte do time que participou da Copa de 1982, na Espanha, derrotado pela Itália na segunda fase daquela competição. Atuava como comentarista esportivos há tempos na Rede Globo de Televisão e deixou a TV para voltar ao banco dos gramados. Treinou a Seleção Brasileira entre 1990 e 1991, sendo vice-campeão da Copa América nesse período. Vários ex-craques já se aventuraram no comando de times; uns se destacaram, outros não. LISTA DOS CINCO relembra 5 craques da seleção que deixaram os gramados e foram para o comando.

 
05. Zico
Arthur Antunes Coimbra, o Zico, foi um dos maiores jogadores brasileiros da história, eleito pela FIFA como o oitavo melhor futebolista de todos os tempos. No exterior, carrega o apelido de “Pelé branco”. No Japão, é conhecido como “Deus do Futebol” e na Turquia como “Rei Arthur”. Jogou três copas do mundo (1978, 1982 e 1986), deixou o futebol em 1994 e voltou como assistente de Zagallo na Copa de 1998. Após o torneio, assumiu interinamente o Kashima Antlers, do Japão, conseguiu tirar o time das últimas posições e terminar entre os primeiro da J-League (campeonato japonês). Assumiu a seleção do Japão em junho de 2002. Ganhou a Copa da Ásia de 2004. Na copa de 2006, o Japão fora eliminado na primeira fase e Zico passou a comandar o Fenerbahçe, da Turquia. Nesse time, comandou grandes nomes do futebol, como Roberto Carlos, Alex, Fábio Luciano, Diego Lugano e Cláudio Maldonado. Em sua primeira temporada, faturou o Campeonato Turco e levou a equipe até as quartas-de-finais da Liga dos Campeões da Europa (2007-2008), melhor participação do clube na história do torneio. Em 2008, treinou o Bunyodkor do Uzbequistão por apenas quatro meses e, em 2009, foi para o CSKA da Rússia. Ganhou a Copa da Rússia daquele ano e a Supercopa da Rússia. Foi demitido em 10 de setembro. No dia 16 daquele mês, foi anunciado pelo Olympiakos da Grécia. Em 19 de janeiro de 2010, o clube grego anunciou o “fim de sua cooperação como o treinador.” Ficou de maio até outubro como diretor executivo do Flamengo e, atualmente, está sem clube.
04. Romário
Considerado um dos mais eficientes atacantes brasileiros, ganhou com a seleção brasileira de futebol a Copa de 1994. Jogou na Holanda (PSV Eindhoven), na Espanha (Valência e Barcelona), além de 3 times grandes do Rio (Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama). Teve rápidas passagens pelo futebol dos EUA e da Austrália. Sempre polêmico, o atacante foi protagonista de uma das maiores ousadias do futebol brasileiro; após a demissão do técnico Celso Roth do Vasco da Gama, na segunda metade de 2007, Romário assumiu interinamente o comando do time e acumulou os cargos de atacante e técnico. Ficou efetivado em ambas as funções até fevereiro de 2008, quando pede demissão do cargo. Sua curta carreira de técnico acabou, segundo ele próprio, por divergências com o presidente do clube, Eurico Miranda. Aposentou-se em 30 de março do mesmo ano, e surpreendentemente, retornou aos gramados em 2009, pelo America do Rio. Jogou apenas uma partida e assumiu como dirigente. Atualmente, Romário é Deputado Federal pelo Estado do Rio de Janeiro.

03. Antonio Carlos Zago
Jogou pela Seleção Nacional entre 1991 até 2001, apesar de não ter participado das copas de 1994 e 1998. Jogou nos quatro grandes paulistas (São Paulo, Palmeiras, Corinthians e Santos) e no Juventude, além do Albacete (Espanha), Kashima Reysol (Japão), Roma (Itália) e Besiktas (Turquia). Foi acusado de racismo pelo volante Jeovânio no Campeonato Gaúcho de 2006 e encerrou sua carreira como jogador em 2007, pelo Santos. Começou a atuar como treinador em 2009, pelo São Caetano. Depois, treinou o Palmeiras (2010), Grêmio Prudente (no mesmo ano) e, em 2011, dirigiu o Mogi Mirim no Campeonato Paulista e o Vila Nova de Goiás. Atualmente, está sem clube.

 

02. Vampeta
O baiano Marcos André Batista Santos, o Vampeta, foi grande ídolo do Corinthians e participou do polêmico título do primeiro Mundial de Clubes da FIFA, em 2000. Além do alvinegro paulista, jogou no Vitória, Brasiliense, Goiás, Juventus, além de defender clubes na Holanda (PSV Eindhoven e VVV Venlo), Itália (Inter de Milão), França (PSG) e no Kuwait (Al Salmiya Club). Como treinador, esteve à frente do Nacional/SP e em 2011, recebeu uma proposta ousada do Grêmio Esportivo Osasco, de São Paulo: dirigir e jogar, aos 37 anos, naquele clube paulista, na série A3 estadual. Apesar de inscrito também como jogador na competição, tem preferido apenas dirigir o time de Osasco.


01.           Dunga
Carlos Caetano Bledorn Verri, conhecido como Dunga, nasceu no Rio Grande do Sul e foi um dos mais famosos volantes que a seleção brasileira já teve. Aguerrido, era conhecido por sua personalidade forte e liderança nata. Participou da campanha desastrosa da seleção brasileira na Copa da Itália, em 1990, e da traumatizante final contra a França na Copa de 1998. Porém, em seu currículo, possui o título de campeão mundial como capitão do time tetracampeão nos EUA. Foi grande ídolo do Internacional de Porto Alegre, além de ter jogado no Corinthians, Santos e Vasco da Gama. No exterior, jogou na Itália (Pisa, Fiorentina e Pescara), na Alemanha (Stuttgart) e no Japão (Jubilo Iwata). Como treinador, foi apresentado como novo comandante da Seleção Brasileira de Futebol em 24 de julho de 2006. Sua contratação foi bastante contestada pela imprensa e pelo povo, pois ele não possuía nenhuma experiência como treinador. Num primeiro momento, foi bastante criticado, principalmente após derrota para a Argentina (3 a 0, disputado em setembro de 2006) e Portugal (já em 2007). Começou a ganhar moral depois de ganhar a Copa América de 2007 numa final inquestionável contra a Argentina (3 a 0 para o Brasil). Nas Eliminatórias para a Copa 2010, classificou a seleção nacional com antecedência, além de terminar a competição em primeiro lugar. Apesar da derrota nas Olimpíadas de Pequim em 2009 (ganhou a medalha de bronze), continuou em alta como treinador. Depois de conquistar a Copa das Confederações em 2009, na África do Sul, seu comando era quase unanimidade no país. Porém, durante a copa, teve desentendimentos graves com a imprensa brasileira – o mais famoso foi uma discussão com Alex Escobar, repórter da Rede Globo. Depois de acabar a primeira fase do mundial em primeiro lugar no grupo (vitórias contra Coréia do Norte e Costa do Marfim e empate contra Portugal), uma vitória convincente contra a seleção do Chile (3 a 0), tropeçou nas quartas-de-finais contra a seleção da Holanda, numa virada inacreditável do time laranja (2 a 1). Dois dias após a eliminação na África do Sul, Dunga e sua comissão técnica foram demitidos do comando da Seleção. Agora taxado como perdedor e perseguido pela imprensa esportiva, o ex-comandante verde e amarelo permanece sem emprego como treinador.

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