quarta-feira, 13 de abril de 2011

5 ótimas seleções que não ganharam a Copa.

A premissa “O melhor sempre ganha” realmente é real? Na história das Copas do Mundo de Futebol, nem sempre. Desde 1930, onde a história desse grande evento esportivo iniciou-se no Uruguai, vários ótimos times encantaram, mas não ganharam os mundiais. LISTA DOS CINCO mostra aqui grandes seleções que não levaram o caneco.
 1. SELEÇÃO HÚNGARA – SUIÇA, 1954
 
Na foto, final entre Hungria e Alemanha Ocidental.
Chamada de “Máquina Magiar”, o time da Hungria encantou o mundo na Copa de 1954, edição no qual se comemorava o aniversário de cinqüenta anos da FIFA. Assim, foi escolhida a Suiça, país onde encontra-se a sede da organização, para receber o mundial. Destacaram-se grandes (e complicados) nomes do futebol húngaro, como Nándor Hidegkuti, József Zakariás, Zoltán Czibor, e principalmente, Sándor Kocsis e Ferenc Puskás – este último, um dos maiores jogadores da história do futebol, que atuou pelo Real Madrid e também jogou pela Espanha na Copa de 1962. Numa fórmula de competição complicada, a Hungria colecionou bons resultados. Na primeira fase, massacrou seus adversários: ganhou de 9 a 0 da Coréia do Sul e meteu 8 a 3 na temida Alemanha Ocidental; na segunda fase, despachou o Brasil por 4 a 2; nas semi-finais, repetiu o placar do jogo anterior ao enfrentar o Uruguai, até então o campeão mundial. Porém, na final, amargou uma derrota por 3 a 2 contra a Alemanha Ocidental. O time germânico sagrava-se assim, pela primeira vez, campeão do mundo, e a “Maquina Magiar” teve que se contentar com o vice-campeonato. Até hoje, nenhum time repetiu ou fez mais que os 27 gols em 5 jogos da Seleção da Hungria.
02.SELEÇÃO PORTUGUESA - INGLATERRA, 1966
Seleção Portuguesa de 1966, na Inglaterra.
  
Nesta copa, o atacante Eusébio, de origem moçambicana, infernizou as defesas adversárias, se tornou o artilheiro com 9 gols e ajudou Portugal a realizar uma brilhante campanha. Na primeira fase, os lusitanos despacharam os três times de seu grupo (Brasil, Bulgária e Hungria). Nas quartas, bateram a surpreendente seleção da Coréia de Norte, de virada, por 5 a 3. Porém, na semi-final, tiveram a infelicidade de encontrar com a Inglaterra, dona da casa, onde o esquadrão luso foi eliminado por 2 a 1. Na disputa pelo terceiro lugar, despacharam a URSS também por 2 a 1, e cravaram o nome da seleção portuguesa na história do futebol mundial.
03. SELEÇÃO HOLANDESA - ALEMANHA, 1974
O Carrossel Holandês

O time da Holanda ficou conhecido nessa copa como “Carrossel Holandês” e “Laranja Mecânica”. O técnico holandês Rinus Michels inovou as táticas futebolísticas e criou o “futebol total”, no qual a posição dos jogadores era alternada durante a partida. O craque Johan Cruijff se destacou tanto na defesa, no meio de campo quanto no ataque, e se firmou como um dos maiores jogadores na história dos mundiais. A inovação, talento e obediência tática dos jogadores deram resultado em campo. Na primeira fase, despacharam o Uruguai (2 a 0), Bulgária (4 a 1) e empataram com a Suécia (0 a 0). Na segunda fase - que era formada por outro grupo – ganhou da Argentina (4 a 0), da Alemanha Oriental (2 a 0) e do Brasil (2 a 0). Na final, porém, sucumbiu diante dos donos da casa – vitória de 2 a 1 da Alemanha Ocidental, que se tornou bi-campeã mundial. Mais uma vez, o time que encantou ficou com o vice-campeonato.

04. SELEÇÃO BRASILEIRA – ESPANHA, 1982
"O time dos sonhos" que viveu um verdadeiro pesadelo na Espanha

“O melhor time brasileiro de todos os tempos”, assim a imprensa esportiva declara sobre o time que atuou em solo espanhol. Realmente, o que esperar de uma seleção composta por Júnior, Zico, Éder, Falcão, Toninho Cerezo, Sócrates, Waldir Peres, entre outras estrelas? No Grupo F, a seleção canarinho venceu a URSS por 2 a 1 e goleou a Escócia e a Nova Zelândia por 4 a 1 e 4 a 0, respectivamente. Porém, na segunda fase (nesta competição, a próxima etapa era composta por grupos), a casa caiu; no primeiro jogo, vitória de 3 a 1 sobre a arqui-rival Argentina. Porém, no próximo jogo, a aconteceu a chamada “Tragédia de Sarriá” – um tal de Paolo Rossi desencanta, marca três e decreta a eliminação do Brasil por 3 a 2. Chegava ao fim o sonho brasileiro do tetra.

05. SELEÇÃO ALEMÃ – ÁFRICA DO SUL, 2010
Apesar de jogar bem, a "Mannschaft" ficou apenas com o 3º lugar

Apesar da imprensa esportiva celebrar o primeiro título da seleção espanhola, os vermelho e amarelo não convenceram ninguém, apresentando resultados magros e se arrastando até a final. Já a Seleção Alemã surpreendeu: o combinado germânico, famoso por jogar “na retranca”, feio, mas com perfeita obediência técnica, surpreendeu os adversários com um futebol rápido e ofensivo. Na primeira fase, goleou a Austrália por 4 a 0, derrapou diante da Sérvia e perdeu de 1 a 0 – apesar de atacar durante todo o jogo – e meteu 1 a 0 no time de Gana. Nas oitavas, atropelou a temida Inglaterra por 4 a 1 e não tomou conhecimento da Argentina, uma das sensações dos mundial, e despacharam sem dó os “hermanos” por 4 a 0. Porém, na semifinal, uma tragédia – num jogo trancado e com poucas opções, perderam para a Espanha por 1 a 0. Na disputa pelo terceiro lugar, não tomou conhecimento do combinado uruguaio, que também era uma das boas surpresas da copa, e ganharam por 3 a 2.

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