O século XX é marcado pelo rápido desenvolvimento de suas tecnologias. Se levarmos em conta o ano de 1901 até o início do século XXI, a mudança no modo de vida graças ao desenvolvimento científico é assustadoramente impressionante. O modo de trabalho, assim como o entretenimento, sofreram drásticas alterações. LISTA DOS CINCO relembra alguns aparelhos e dispositivos que outrora foram muito populares, mas agora podem até ser expostas em museus ou se resume apenas a poucos admiradores.
05. Disco de Vinil
Também conhecido popularmente como “bolachão”, essa mídia começou a ser usada nos anos 50 e se tornou amplamente utilizada até os anos 90. Consiste num simples disco redondo, normalmente de cor preta, feito de cloreto de polivinila (PVC) que possui ranhuras em sua superfície. A leitura era feita por uma fina agulha que coletava as vibrações e as transformavam em sinais elétricos, que eram amplificados e convertidos num som audível. Resumindo, seu modo de leitura é analógico. Um dos maiores problemas que esse tipo de mídia apresenta é o contato com a poeira ou outras impurezas, que prejudicam sua reprodução. Além disso, o material é relativamente frágil e um simples risco ou ranhura pode comprometer seu uso. No Brasil, durante os anos 90, o CD – uma mídia digital - ganhou espaço e acabou com a supremacia dos vinis. Porém, até hoje existe uma legião de fãs desses antigos discos. Eles alegam que os “bolachões” possuem qualidade sonora superior aos meios digitais. Pouca gente sabe, mas ainda fabrica-se esses discos, apesar de vendidos em menor escala. Ainda é muito usado por DJ’s.
04. Fita cassete
Muito popular entre os anos 70 e meados dos anos 90, esse tipo de mídia consistia em uma fita eletromagnética que rodava em carretéis dentro de uma caixa plástica, e sua leitura analógica era feita através de um leitor. Seu tamanho era considerado bastante reduzido, mas era criticado devido ao nível de ruído. Para tentar conter isso, surgiram fitas que utilizavam outras tecnologias (Low Noise, Cromo, Ferro Puro e Metal). Uma das principais desvantagens da fita cassete é o baixo armazenamento de áudio, além do usuário não conseguir pular exatamente para o início de uma trilha – isso deveria ser feito de maneira aleatória e manual, rolando a fita sem a mínima precisão. Com o surgimento do CD, esse tipo de mídia caiu em desuso; porém, algumas versões “minis” ainda são usadas em gravadores para entrevistas, convenções e reuniões. A maioria das empresas parou de fabricar as fitas cassetes convencionais.
03. Videocassete
Tecnologia também baseada na gravação e reprodução analógica de áudio e vídeo em fitas magnéticas, os videocassetes foram a vedete dos anos 80. O primeiro modelo do aparelho foi lançado pela Sony em 1971 com o nome de U-Matic, que era extremamente caro e quase inexistente no mercado amador. Esse modelo aceitava fitas em rolos, e os primeiros exemplares em caixas pretas de plástico surgiram no mercado posteriormente. Houve vários formatos de fitas para esse aparelho; porém, os mais populares foram o Betamax, VHS e a Betacam. No Brasil, o primeiro videocassete fabricado aqui foi lançado em 1982 pela Sharp. Depois de um ano, a Philco também lançou seu aparelho e, posteriormente, o mercado nacional foi inundado por esses dispositivos. Essa tecnologia foi aniquilada pelo advento do DVD e Blu-Ray. O último lote de fitas VHS foi lançado em 2008 pela Distribution Video & Audio. O último filme a ser lançado para fitas de videocassete foi “Uma história de Violência”, em 2006.
02. Walkman
Muito popular nos anos 80 e 90, os tocadores de fitas portáteis foram lançadas no Japão em 1979. Inicialmente, foi criado para um dos sócios da Sony- Akio Morita - que queria ouvir óperas durante o trabalho, mas sem atrapalhar os outros. Inicialmente, foi levado fora do Japão com o nome de Soundabout. Na verdade, Morita odiou o nome “Walkman” e pediu para ser trocado. Porém, a campanha de divulgação já tinha sido desenvolvida e o produto foi lançado com essa denominação. No início, a empresa desacreditou no sucesso do equipamento; Akio Morita apostou que se o Walkman não vendesse mais de 100 mil unidades nos 2 primeiros anos, ele renunciaria à presidência da Sony. Ele ganhou a aposta, pois o dispositivo vendeu mais de 1,5 milhão nesse período. A marca Walkman foi registrada pela empresa japonesa. Nos anos 80, foi desenvolvida a variedade capaz de reproduzir CD’s de áudio, e foi oficialmente chama de Discman. Com o advento da tecnologia MP3, surgiram aparelhos de música portáteis ainda menores e muitos vinham integrados a telefones celulares. Aproveitando-se desse avanço, a Sony continuou a portar a marca em aparelhos de telefonia móvel com marca Sony Ericsson. A marca “Walkman” pode ser visto em celulares da empresa japonesa até hoje.
01. Máquina de Escrever
Essas máquinas eram equipamentos obrigatórios em repartições públicas e empresas privadas, e sua origem é distante. As primeiras máquinas de escrever – também conhecida como “máquina datilográfica” ou “máquina de datilografia” – foram criadas pelo inglês Henri Mill em 1714. Os modelos iniciais imprimiam no papel apenas letras maiúsculas, além de ser impossível ler o que se estava escrevendo. No decorrer dos tempos, surgiram variantes diversas, entre eles o modelo elétrico. Nos anos 70 e 80, eram comuns escolas de datilografia, ou seja, cursos especializados em ensinar o manuseio desses dispositivos, assim como se familiarizar com a disposição das letras no teclado. Com a popularização dos computadores, a máquina de escrever se tornou algo obsoleto, pois uma das principais dificuldades era a incapacidade de apagar digitações incorretas, além de não ser possível reproduzir várias cópias do mesmo documento (bem, isso sem dizer outras "poucas coisas mais", como navegar na internet, baixar filmes e gravar dados). A última empresa que produziu máquinas datilográficas não elétricas encontrava-se em Bombaim, na Índia. A Godrej and Boyce – o nome da empresa – encerrou suas atividades em 2011, pois no último ano havia vendido apenas 1.000 unidades do produto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário